33 milhões de idosos no Brasil: como promover cuidado na terceira idade?

Empresas de saúde devem se estruturar melhor para atender às necessidades específicas dessa fatia cada vez maior da população

Não sei se você já reparou, mas o mundo está envelhecendo. Sem fazer qualquer juízo de valor, é preciso que passemos a olhar com mais carinho e cuidado para essa parte da população.

De acordo com projeções da ONU, em 2023 a população brasileira passou para 215 milhões de pessoas, sendo 43 milhões de jovens, 141 milhões de habitantes entre 15 e 59 e 33 milhões de idosos.

Ou seja, a terceira idade representa 15% do total da população em nosso país. E demanda ações específicas para desfrutar de uma boa qualidade de vida.

Do ponto de vista de atendimento em saúde, o idoso precisa de uma comunicação clara, ambiente mais agradável e, muitas vezes, de tratamento integral.

Nesse cenário, o mundo ideal é prover uma assistência cada vez mais humanizada. E vale destacar que estar práticas devem ser, na verdade, oferecidas a todos os pacientes, mas em especial à terceira id...

Idosos podem enfrentar diversas limitações, físicas e emocionais, e por isso demandam cuidados e atenção, em pontos como a compreensão de medos e angústias e a adaptação para superar dificuldades na realização de tarefas rotineiras.

Pequenas ações nesse sentido farão com que eles se sintam acolhidos e, consequentemente, respondam melhor aos tratamentos.

Isso é comprovado em um estudo feito por pesquisadores da Universidade Rio Verde, que indica que solidariedade e personalização aumentam a confiança do paciente no médico.

ADAPTAÇÕES PARA ATENDER BEM AOS IDOSOS

Nesse sentido, é fundamental investir em equipes multidisciplinares de saúde.

Isso inclui treinar desde médicos, para que possam oferecer uma consulta mais didática, passando pelos gestores da limpeza da instituição, que não devem usar produtos escorregadios, até os profissionais da recepção e seguranças, para que possam fazer um atendimento atencioso e acolhedor.

Outro ponto relevante, e muitas vezes deixado de lado, é evitar fazer uso de termos técnicos. É preciso comunicar sempre de forma simples e didática, com uma linguagem compatível com a realidade de cada paciente. Comparações, metáforas e até desenhos podem ajudar.

Também é necessário repensar as estruturas físicas. Estamos falando de cartazes com letras em tamanho adequado, salas, banheiros e corredores adaptados para bengalas, andadores e cadeiras de rodas, além de rampas de acesso e elevadores.

Por fim, oferecer opções de tratamento domiciliar é um diferencial. Nessas visitas, a equipe pode aproveitar para entender, cada vez mais, o ambiente e rotina do paciente 60+.

Somente assim será possível oferecer, de fato, o atendimento humanizado que tanto bem proporciona a essa importante fatia da população.

Fonte: Revista Veja, *Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile e Feegow Clinic.

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