Setor da economia que atende necessidades e demandas dos idosos movimenta R$ 2 trilhões no Brasil

População brasileira tem perspectiva de envelhecimento

De acordo com o último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de pessoas com 65 anos ou mais chegou a mais de 22 milhões, revelando um crescimento de 57,4% desde 2010. A perspectiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), é de que até 2050 o Brasil tenha quase 90 milhões de idosos. O aumento do número revela também uma oportunidade para empresas que querem focar em um setor pouco explorado pelo mercado, mas com grandes expectativas.

Economia Prateada é a parte da economia que é relevante para as necessidades e demandas dos idosos, desde produtos destinados a esse público até serviços. No Brasil, a economia prateada movimenta R$ 2 trilhões ao ano.

“Enquanto temos um aumento da longevidade no país, observamos também um crescimento de pessoas que moram sozinhas. Tudo isso colabora com uma alta perspectiva para a economia prateada, afinal, essas pessoas precisam de cuidados especiais. Nesse sentido, o home care para idosos, um dos setores da economia prateada, é um oceano azul para empresários”, explica Rachel Menezes, diretora de uma rede de franquias de cuidadores de idosos que, em 2022, faturou mais de R$ 5 milhões.

Segundo o IBGE, enquanto a população de idosos aumenta, o total de crianças com até 14 anos recuou de 24,1%, em 2010, para 19,8%, em 2022.
“É necessário pensar quem irá cuidar dos idosos do futuro. O home care para idosos acaba se tornando um investimento comparado a outros setores também considerados promissores, como tecnologia e alimentação. Nós estamos alinhados às demandas desse novo mundo. Tivemos um grande crescimento nos últimos anos e para 2024 projetamos fechar o ano com 30 unidades por todo o país”, explica Rachel.

O Censo ainda afirma que a idade mediana da população aumentou em seis anos. Embora o setor seja promissor, Menezes explica que a tecnologia deve ser aliada aos serviços prestados, mas sempre com foco na humanização.

“A tecnologia é uma ferramenta que jamais deve ser descartada. Pelo contrário, ela vem para somar. Todo o banco de dados transmite uma maior segurança para a tomada de decisões, tanto da família do paciente quanto dos cuidadores. A tendência é que a tecnologia irá avançar cada vez mais, porém, ao contrário de todos os setores que estão sendo substituídos pela inteligência artificial, nada substitui o cuidado humano”, finaliza a empresária.

Fonte: O Dia

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