Neste mês dedicado à saúde mental, a CASSI preparou dicas para identificar sinais de adoecimento emocional relacionado a este período de pandemia e estratégias possíveis para um enfrentamento saudável, prevenindo o sofrimento que este tempo pode gerar
Dificilmente alguma pessoa no mundo deixou de experimentar algum sofrimento emocional durante a pandemia. Seja pelo isolamento social, por medo da Covid-19 ou pelo adoecimento e perda de pessoas queridas, todos estão sendo impactados de alguma forma.
E é natural! Porém, é possível que algumas crianças, adolescentes, adultos ou idosos estejam mais frágeis emocionalmente e necessitem de um cuidado maior.
Neste mês dedicado à saúde mental, a CASSI preparou dicas para identificar sinais de adoecimento emocional relacionado a este período de pandemia e estratégias possíveis para um enfrentamento saudável, prevenindo o sofrimento que este tempo pode gerar.
Como o impacto é diferente em cada fase da vida, psicólogos de três CliniCASSI prepararam orientações para cada uma delas, que serão divulgadas ao longo do mês.
Confira abaixo e saiba mais sobre cuidados com adultos ativos, crianças e adolescentes e aguarde, em breve, dicas para aposentados!
Na pandemia, adultos também precisam de lazer!
A nova forma de trabalhar imposta pela pandemia, em home office ou presencialmente, mas com cuidados para evitar a contaminação, ou até a perda de trabalho e redução de renda familiar, em consequência da Covid-19, são os principais fatores de risco para o adoecimento emocional na população adulta ativa.
Somado a isso, o isolamento e o distanciamento social e adoecimento e perda de familiares e amigos para o coronavírus. Essas situações geram sofrimento e podem evidenciar sintomas de ansiedade e alterações de humor. Veja alguns sinais de alerta:
- Falta de ar, taquicardia, tensão muscular, dor no peito e tremores.
- Alteração de humor (desmotivação, desesperança, melancolia, tristeza, sentimento de vazio).
- Apreensão, angústia, pensamento acelerado e desorganizado, medo, inquietação, desgaste e esgotamento
- Perda ou ganho de apetite.
- Alteração na qualidade do sono (insônia, sono não restaurador, diminuição da quantidade de horas e dificuldade em iniciar o sono).
Caso perceba algum destes sinais em si mesmo ou em familiares, procure ou indique atendimento com profissionais de saúde para orientações.
Consulta com psicólogo ajuda a identificar os fatores que estão gerando adoecimento emocional e a encontrar formas mais saudáveis de lidar com os sintomas.
Fique atento!
Como adultos ativos podem prevenir adoecimento emocional
- Mantenha rotinas diárias com hábitos saudáveis que promovam bem-estar, ocupações, distrações e melhoria na qualidade de sono.
- Faça atividades físicas adequadas às formas de prevenção da Covid 19 (ambientes abertos, com uso de máscara, ou dentro da própria casa, se possível).
- Tenha alimentação saudável.
- Pratique meditação e exercícios de respiração, leituras, assista filmes/séries ou busque outras atividades de lazer prazerosas, como tocar instrumentos, dançar.
- Comunique-se com amigos e familiares, mesmo estando fisicamente distantes, usando as tecnologias disponíveis.
- Crie momentos de lazer (jogos e atividades) em conjunto com a família, em casa ou em ambiente externo, de acordo com as orientações de prevenção da Covid 19.
Para crianças e adolescentes, rotina e atividades diversificadas!
O isolamento tem sido um desafio para pais e mães, preocupados com características comportamentais e psicológicas de crianças e adolescentes decorrentes da pandemia. Esta circunstância requer muita vigilância e criatividade por parte dos pais.
A primeira infância (de 0 a 6 anos) é fase mais importante para o desenvolvimento humano: a criança está descobrindo o mundo, as próprias emoções e capacidades.
Nesta fase, se aprende muito por meio da observação e da exploração do ambiente e é ainda mais necessário que o responsável fique atento à sua própria saúde emocional, que certamente influenciará no comportamento da criança. Além disso, deve prestar atenção às reações da criança e ensiná-la a lidar com suas emoções.
Em uma casa onde o ambiente é sempre o mesmo, por exemplo, a criança pode se sentir frustrada ao ser impedida de explorar espaços que não conseguia ou eram proibidos sem que isso gerasse incômodo antes da pandemia.
Nessa situação, o responsável deve se manter calmo e mostrar que aquilo pode colocá-la em risco. A criança precisa de novos desafios e isso pode ser proporcionado com ideias simples, como brincar entrando em caixa de papelão ou escondendo objetos dentro dela.
Como lidar com crianças maiores e adolescentes em período escolar?
Afastados dos amigos, tendo de estudar de outra forma, sem a presença do professor dos colegas, usando computador ou celular, crianças e adolescentes podem passar a viver uma sensação de incerteza e ansiedade. Aulas online, provas à distância, tarefas domésticas exigem tempo, dedicação e adaptação das crianças, mas também de um adulto que as auxilie e oriente.
Veja sinais frequentes de que este público está sofrendo:
- Dificuldade em manter a concentração.
- Aumento de irritabilidade ou alteração no humor.
- Presença de medos que não existiam.
- Inquietação motora.
- Sensação de tédio.
- Sensação de solidão.
- Cansaço constante.
- Falta de energia.
- Aparecimento de dores sem explicação aparente.
- Apatia.
- Alterações no padrão do sono (dormindo horas a mais ou a menos).
- Alterações no apetite e consequente ganho ou perda de peso.

Algum destes sinais chama a atenção na criança ou no jovem? Procure uma CliniCASSI ou Unidade CASSI de referência e peça o suporte para enfrentar o problema!
Como prevenir ou enfrentar adoecimento emocional de crianças e adolescente durante a pandemia:
- Manter a rotina de acordar, vestir-se, alimentar-se, adormecer e outras atividades cotidianas. Ter um padrão auxilia a reservar energia para outras atividades.
- Incluir momentos de lazer na rotina diária: brincadeiras, leituras, desenhos, pinturas ou outras artes e de descanso, buscando diversidade.
- A família pode combinar diferentes atividades: em um dia desenvolver um circuito de atividade física, no próximo, jogo em família, em outro, passeio de carro e assim por diante.
- Realizar videochamada para manter contato e estreitar as relações afetivas com familiares, amigos de escola e de outros grupos sociais.
- Monitorar o tempo de tela (TV, smartphone, tablet e computadores), com conteúdo de qualidade. Lembrar que a exposição intensa é prejudicial.
- Envolver as crianças e adolescentes em tarefas domésticas, que podem ser divididas com os pais respeitando as limitações de cada um. Isso auxilia a desenvolver independência.
- Abrir espaço para que, no ambiente familiar, as crianças e adolescentes compartilhem o que estão pensando e sentindo e acolher suas angústias. Mesmo sem ter todas as respostas, estar presente e disponível para ouvi-los é algo que os adultos podem oferecer.
Fonte: CASSI
.....................