Dia Internacional do Idoso: Celebramos mais do que o passar dos anos, exaltamos histórias de vida que inspiram, trajetórias marcadas pela experiência e pela superação. Veja mais

O Dia Internacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, com o objetivo de reconhecer a importância das pessoas idosas na sociedade e promover a conscientização sobre seus direitos e necessidades. A criação da data reflete a preocupação global com o envelhecimento da população e a necessidade de garantir uma vida digna, ativa e respeitosa para todos os idosos. Desde então, o dia 1º de outubro passou a ser um momento de reflexão, valorização e ação em prol do envelhecimento saudável e do combate à discriminação etária.

No Dia do Idoso, celebramos mais do que o passar dos anos, exaltamos histórias de vida que inspiram, trajetórias marcadas pela experiência e pela superação. Para homenagear essa data tão significativa, conversamos com um associado da AFABB-SP que representa o envelhecimento ativo, a criatividade na maturidade e o valor da sabedoria acumulada.

Escritor premiado, viajante curioso e apaixonado pelas palavras desde a infância, José Arnaldo Có Onça, mostra que o tempo longe de ser um limite é um convite à descoberta do mundo, dos outros e de si mesmo. Com bom humor, memória afiada e entusiasmo pela vida, ele nos recebeu para uma conversa recheada de histórias, aprendizados e mensagens inspiradoras.

Acompanhe a seguir a entrevista:

AFABB-SP: Como começou sua paixão pela escrita e pelas viagens?

José Arnaldo: Acho que são paixões atávicas. As duas começaram mais ou menos juntas, pois comecei minha alfabetização e fiz minha primeira viagem aos 5 anos.
Minha mãe era professora primária e dava aula de reforço para alguns alunos em casa e eu, de bicão, ficava ouvindo e tentando aprender. Não tínhamos televisão em casa, então a forma de entretenimento era a leitura, e assim fui criando o hábito.
Quanto a viagens, meu pai era ferroviário, trabalhava na Estrada de Ferro Sorocabana, e me levou para Candido Mota, uma viagem longa, para conhecer pessoalmente a minha avó, mãe dele. Após entrar no Banco do Brasil (e minha mulher também), começou a sobrar dinheiro para conhecer o Brasil, e depois o Mundo.

AFABB-SP:  Qual foi o momento mais marcante da sua carreira como escritor?

José Arnaldo: Foram muitos os momentos marcantes: a edição do primeiro livro, o primeiro prêmio literário, os outros prêmios literários.  Talvez o que tenha tocado mais foi ver um dos meus livros na prateleira da Livraria.

AFABB-SP:  Tem alguma obra ou texto que guarda como favorito, por quê? 

José Arnaldo:Uma poesia aliterada que fiz na escola e foi a única a receber a nota máxima. Tinha 18 anos. Foi marcante.

AFABB-SP:  Alguma viagem influenciou diretamente para escrever suas obras?

José Arnaldo: Sim, uma viagem que fiz para a África do Sul e, num almoço, surgiu a expressão “faca da catacumba”. Imaginei que dava para escrever um livro sobre ela, e o fiz.

AFABB-SP:  Qual foi o destino mais transformador que já visitou?

José Arnaldo : Cada viagem é uma transformação, então acho difícil selecionar uma.

Minha viagem de Lua de Mel, a primeira internacional, deram grandes frios na barriga.

Como católico ter visto o Papa em Roma, ou o local do milagre em Fátima, Portugal, foi maravilhoso.

Conhecer a cidade fortaleza de Carcassone, a Pietá de Michelangelo, coisas que aprendi na escola, não tem preço.

Uma das descobertas mais fantásticas foi ver como minha mulher é uma pessoa forte, pois torceu o pé em Veneza e, ainda assim, visitou Roma e todos os Museus do Vaticano.

Adoro arquitetura também, e conhecer a Catedral da Sagrada Família em Barcelona foi um evento único.
E mais uma coisa: ninguém escapa incólume à Disneylândia, seja em Los Angeles, Orlando ou Paris.

AFABB-SP: O que significa para você envelhecer bem?

José Arnaldo : Procurar preservar a saúde, se manter ativo, ter amizades e dançar bastante.

AFABB-SP:  Como você se mantém ativo e motivado?

José Arnaldo : Tem alguma rotina com a saúde, com ginástica duas vezes por semana, e conversando, conversando muito.

A interação com outras pessoas é sempre motivante. Além disso, amar!

AFABB-SP:  Que papel a AFABB-SP teve na sua vida após a aposentadoria?

José Arnaldo: Enorme! A AFABB faz bailes, festas, concursos literários e, acima de tudo, luta pelo eu bem-estar e pela manutenção do poder de compra da minha aposentadoria. E é um lugar que tenho amigos. Sem falar que as pessoas que trabalham na AFABB gostam de gostar da gente.

AFABB-SP:  Que mensagem você gostaria de deixar para os leitores

José Arnaldo “Carpe diem”

 

Neste Dia do Idoso, deixamos aqui nossa homenagem aos que, como ele, seguem nos ensinando que envelhecer é uma arte. Uma arte feita de escolhas, de coragem, de curiosidade e de muito amor pela vida.

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Se você tem alguma história, experiência ou vivência que gostaria de compartilhar com a AFABB-SP, entre em contato conosco. Será um prazer dar voz à sua trajetória!

 

 Referencias

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_do_Idoso

https://www.calendarr.com/brasil/dia-internacional-das-pessoas-idosas/