SETEMBRO AMARELO: Como combater a depressão na terceira idade?

De acordo com os últimos levantamentos do IBGE, a população idosa está crescendo rapidamente. Graças aos avanços no desenvolvimento social, cuidados com a saúde e bem-estar, a expectativa de vida está aumentando. A estimativa é que, até 2070, a população idosa supere as demais faixas etárias.

O envelhecimento é um fenômeno natural que, além de trazer "incômodos" físicos, como perda de resistência, alterações na visão e mudanças na estética, também pode afetar a saúde mental. A frase "eu já vivi muitas coisas" ilustra bem as transformações que enfrentamos ao longo da vida. Sentimentos como alegria, angústia, ansiedade e esperança moldam nossas experiências, mas, com o tempo, alguns sentimentos podem predominar em nossa mente. A condição física e o estado social de uma pessoa frequentemente influenciam se sua saúde mental está equilibrada ou se ela enfrenta problemas como a depressão, um transtorno mental comum na terceira idade. No Brasil, os idosos lideram o ranking de quadros depressivos.

O que é Depressão na Terceira Idade?

A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente caracterizada por uma alteração profunda e persistente do humor, marcada por tristeza avassaladora e sentimento de desesperança. Essa condição pode impactar negativamente a qualidade de vida e a funcionalidade da pessoa, podendo levar ao suicídio.

Frases que podem indicar uma tentativa de suicídio incluem:

- “Vocês vão aproveitar quando eu não estiver mais aqui.”

- “Agora não tem mais jeito.”

- “Vou deixar tudo para vocês.”

- “Meus últimos compromissos eram ver meu filho bem encaminhado.”

- “Falta pouco tempo para mim.”

- “Estão todos bem, não precisam mais de mim.”

- “Não quero incomodar ninguém, já vivi demais.”

Outros sintomas de depressão incluem:

Alteração de Peso: Perda ou ganho de peso não intencional.

Distúrbios do Sono: Insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias.

Problemas Psicomotores: Agitação ou apatia psicomotora quase todos os dias.

Fadiga ou Perda de Energia: Sensação constante de cansaço e falta de energia.

Culpa Excessiva: Sentimento persistente de culpa e inutilidade.

Dificuldade de Concentração: Diminuição da habilidade para pensar ou se concentrar.

Ideias Suicidas: Pensamentos recorrentes sobre suicídio ou morte.

Baixa Autoestima: Sentimento contínuo de inadequação e baixa autoestima.

É importante ressaltar que, no início, os sinais da depressão podem não ser claramente identificados. No entanto, qualquer menção a ideias suicidas ou autodestruição deve ser levada a sério e não deve ser desconsiderada.

Como Combater a Depressão?

O tratamento da depressão deve ser multifacetado e incluir uma abordagem integrada:

 Acompanhamento Médico: Consultar um profissional de saúde mental é essencial para um tratamento eficaz. Esse especialista avalia o quadro clínico, prescreve medicamentos quando necessário e ajusta o tratamento conforme a evolução do quadro. Para quem ainda não sabe onde buscar ajuda, a CASSI oferece o serviço Televita, com atendimentos a psicólogos e psiquiatras por meio de telemedicina, facilitando o acesso ao suporte especializado. Acesse aqui para saber mais.

Mudanças no Estilo de Vida: Adotar hábitos saudáveis pode ter um impacto significativo. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma dieta equilibrada, aumentar a interação social e explorar novos interesses são aspectos importantes. Além disso, é fundamental evitar o consumo excessivo de álcool e outras drogas. Essas mudanças podem melhorar o bem-estar geral e proporcionar uma sensação de controle e propósito.

Terapias Psicológicas: A psicoterapia, tanto individual quanto em grupo, pode ser extremamente benéfica. Terapias complementares, como arteterapia, musicoterapia e dançaterapia, também podem oferecer alívio e suporte emocional. Outras práticas, como a meditação, têm mostrado efeitos positivos no manejo da depressão.

A Importância da Família

O suporte familiar é crucial no tratamento da depressão. Compreensão, paciência e apoio emocional dos familiares ajudam a criar um ambiente mais favorável à recuperação. A família pode incentivar o idoso a buscar e manter o tratamento, oferecer suporte nas mudanças de estilo de vida e ser um ponto de apoio nos momentos difíceis. A presença da família também pode reduzir o estigma associado à doença e promover um ambiente de acolhimento e compreensão.

Enfrentar a depressão na terceira idade pode ser um desafio complexo, mas é crucial lembrar que ajuda e apoio estão disponíveis. O processo de envelhecimento traz mudanças inevitáveis, mas não precisa ser enfrentado sozinho. Buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim uma demonstração de coragem e cuidado com o próprio bem-estar.

Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais, é fundamental buscar apoio. Não hesite em procurar ajuda — sua saúde mental merece atenção e cuidado e lembre-se de que você não está sozinho nessa jornada.

 

 

 

Referências

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/depressao/

https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/depressao-em-idosos-fatores-de-risco-sintomas-e-tratamento/

https://hospitalsantamonica.com.br/depressao-em-idosos/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao

https://www.eusemfronteiras.com.br/como-combater-a-depressao-na-terceira-idade/

https://www.eusemfronteiras.com.br/setembro-amarelo-suicidio-no-idoso/

https://medsenior.com.br/noticia/saude-mental-na-terceira-idade-o-que-voce-precisa-saber/

https://gente.globo.com/setembro-amarelo-o-adeus-na-terceira-idade/